segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

ADAPTAÇÃO ESCOLAR! QUEM SOFRE MAIS, A CRIANÇA OU OS PAIS?


Estamos no final de Janeiro, algumas escolas já retornaram suas atividades e outras retornarão nas próximas semanas. E lá vem o período de adaptação!

Pois é, que período delicado para a criança, os pais e a professora. A criança porque vai conhecer um novo ambiente, novos amigos, nova professora; os pais ficam apreensivos com o choro e se sentem inseguros; e a professora está conhecendo a nova turminha e precisa acolher a criança e os pais nesse processo delicado.

Durante os anos que trabalhei na educação infantil aprendi algumas coisas em relação à adaptação e gostaria de dividir com vocês pais:


  • Converse bastante com a criança antes do início das aulas e explique claramente o que vai acontecer, diga à ela que passará algumas horas na escola, que conhecerá muitos amiguinhos, vai brincar muito e conhecer a professora que cuidará dela neste período;
  • Quando entregar a criança procure não demonstrar insegurança, acredite, sua insegurança passa para o seu filho. Confie da instituição que você escolheu!
  • JAMAIS minta para a criança, diga exatamente o que você vai fazer, se vai pra casa ou trabalhar e deixe claro que retornará para pegá-lo. Imagine a cabeça da criança quando você diz que ficará lá e de repente ela percebe que simplesmente desapareceu. É muito pior! Além de você perder a credibilidade com seu filho. Sempre diga a verdade, mesmo quando for desagradável pra ele!
  • Não se preocupe com o choro, ele é natural, a maioria das vezes as crianças param depois de alguns minutos. Caso se prolongue demais, geralmente, a instituição entra em contato avisando os pais. Se a professora perceber que a criança está com dificuldade avisará você e provavelmente ela fará um horário alternativo de adaptação;
  • Não fale mal da instituição ou da professora na frente da criança, essa atitude pode gerar insegurança e até desrespeito, além da criança ficar confusa em relação à autoridade das pessoas que cuidam dela;
  • IMPORTANTE: não deixe a criança faltar no período de adaptação, isso não vai ajudá-la, pelo contrário, vai prolongar ainda mais o sofrimento e a adaptação
  • Evite aparecer na escola fora dos horário para dar uma "olhadinha|" no filho, caso ele perceba a sua presença "provavelmente" o choro voltará, além de ficar confuso e criar uma expectativa nos dias seguintes, ele ficará esperando que você apareça novamente;
  • Quando for buscar seu filho, caso ele esteja chorando, segure a ansiedade, não pergunte pra ele o "porque ele está chorando", apenas abrace-o e acalme-o dizendo "viu, a mamãe disse que viria buscá-lo"
  • Tenha uma fala positiva com seu filho, por exemplo: "Olha filho que escola legal", "você vai brincar bastante", "Quantos amiguinhos você tem pra brincar" e assim por diante.


Se colocar essas dicas em prática seu filho provavelmente se adaptará mais rápido. Como cada criança é uma criança existem as exceções! Observe e fique tranquila, geralmente a professora mantêm os pais informados sobre o processo de adaptação.

Cristiane Saraguci
Psicopedagogia e Coach



domingo, 27 de janeiro de 2019

SOM DO ÚTERO MATERNO ACALMA O BEBÊ? VERDADE OU MENTIRA?


Você já ouviu falar que o som do útero materno acalma o bebê? Neste artigo vamos descobrir se é verdade ou não.

Inicialmente vou falar da minha experiência em berçário. Imaginem como deve ser o início do ano em um berçário. Isso mesmo! Muito choro devido a adaptação ao novo ambiente, a separação da mãe, a insegurança natural de um bebê que está descobrindo um novo mundo e conhecendo pessoas diferentes que não faziam parte da rotina dele.

Um dia, uma professora que trabalhava comigo, leu a respeito deste estudo e graças a tecnologia baixou o som do útero materno no celular. Adivinhem? Funcionou mesmo. O único cuidado é não colocar o som muito alto ou próximo, porque o ouvido do bebê é sensível.

Sabe o famoso "Shhhh Shhhh" que fazemos automaticamente quando vamos dormir o bebê para acalmá-lo? É isso! Muitas pessoas pensam que dentro da barriga o bebê está em completo silêncio e ao chegar em casa, da maternidade, mudam toda a rotina da casa para propiciar o maior silêncio possível, quando na verdade o bebê estava dentro de um corpo humano vivo, ou seja, ele ouvia o som que é chamado de branco, são ruídos que não damos muita atenção. Além de sons externos como a voz da mamãe e do papai.

Esse som monótono tem o poder de deixar o bebê sonolento porque traz lembranças do tempo que estava dentro do útero materno, pra ele é uma recordação reconfortante.

Além dos sons, a posição que ficava dentro do útero também pode ter o mesmo efeito do som.

Geralmente o bebê se acalma aproximadamente 2 minutos após começar a ouvir o som, mas com o tempo pode se acalmar segundos depois. Procure utilizar este recurso apenas quando o bebê estiver agitado e com dificuldade de pegar no sono, ou quando estiver nervoso, com cólica e chorando muito.

Os bebês costumam chorar bastante nos primeiros meses, pelo menos aqui em casa foi assim, tenho três filhas e duas choravam muito e sofriam bastante com cólica. Pena que na época eu não conhecia este recurso, pois ele teria me ajudado muito!

Na internet você encontrará facilmente vídeos e áudios com o som materno. Gostou da dica? Então coloque em prática e faça o teste.

Cristiane Saraguci
Psicopedagoga e Coach


sábado, 26 de janeiro de 2019

APRENDA A FAZER MASSINHA DE MODELAR CASEIRA


A massinha de modelar é um sucesso entre os pequenos e quando são feitas por eles mesmos, aí o sucesso é completo!

A massinha é muito importante na educação infantil por ajudar no desenvolvimento da coordenação motora, imaginação, concentração, descobrimento de cores, formas e texturas, sensações e movimentos, além da socialização entre as crianças.

É um recurso muito legal para os pais interagirem com a criança e estimular a autonomia, pois quando eles fazem a própria massinha se sentem importantes e capazes, é um momento muito agradável de troca, diversão e aprendizado.

Então vamos aprender a fazer?!
Esta receita é receita que eu fazia com as minhas crianças na educação infantil e com as minhas filhas em casa. Tenho certeza que você tem os ingredientes na sua casa e vai adorar, é muito fácil! Vamos lá?!

RECEITA:

1 xícara de sal
4 xícaras de farinha de trigo
1 xícara e meia de água
3 colheres de sopa de óleo
Corante alimentício

Obs.: Se você quiser dar um cheirinho agradável à massinha, pode trocar o corante alimentício por suco em pó, de preferência os de cores fortes como morango.

MODO DE FAZER:
Adicionar todos os ingredientes em uma vasilha e manusear até a massa ficar homogênea.

Pronto! Agora é só se divertir com seu filho.

Espero que tenha gostado!

Cris Saraguci
Psicopedagoga e Coach





quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

COMO AJUDAR NO DESEMPENHO ESCOLAR DA CRIANÇA


Cada criança tem suas necessidades, características e personalidade Pensando nisso, temos que ter em mente alguns fatores que podem influenciar no desempenho escolar, lembrando que a educação é um processo que sofre interferência de vários fatores e atores. 

Sabendo que a aprendizagem é um processo que pode ser influenciado por fatores externos e internos, e é realmente complexo, quero deixar neste artigo um resumo dos principais pontos de atenção para tentar ajudá-los a ter uma noção de qual caminho seguir.

Quando o desempenho da criança é ruim, é comum que receba a culpa pelo resultado insatisfatório, não sendo levado em conta o que citamos acima, a complexidade do processo de ensino aprendizagem. Entenda que entre os fatores que competem a criança estão: a vontade de aprender, a personalidade, a capacidade intelectual e a criação. Mas temos também os fatores externos, entre eles estão: o nível socioeconômico, o desempenho do professor, a infraestrutura da escola, o ambiente familiar, o convívio familiar e a infraestrutura da residência.

Alguns fatores que precisam de atenção e que podem influenciar no desempenho escolar da criança:

  1. MATURIDADE DA CRIANÇA: nos anos iniciais obrigatórios é normal observarmos que algumas crianças estão mais preparadas que outras, isto se deve ao desenvolvimento normal de cada pessoa, ao ritmo do desenvolvimento. Com o tempo a criança vai se adaptando ao novo ambiente e se ajustando às novas exigências.
  2. OS PAIS: as crianças têm como referência e exemplo os pais, portanto a relação que os pais têm com a educação e a importância que eles demonstraram para a criança influenciará na visão que ela terá sobre o processo de aprendizagem. Se elas percebem que as condutas são de persistência e responsabilidade, normalmente eles copiam. Os pais precisam preparar a criança para viver esse momento da vida, o autoritarismo só atrapalha. É preciso muito diálogo e compreensão.
  3. AMBIENTE FAMILIAR: famílias disfuncionais acabam impactando negativamente na aprendizagem da criança, os conflitos familiares, a agitação do ambiente, a falta de rotina, e muitos outros fatores, podem influenciar o processo de aprendizagem da criança, uma vez que impacta outras áreas, como a emocional. Crianças que convivem em ambientes assim tendem a ser mais ansiosas, depressivas e/ou agressivas.
  4. OS PROFESSORES: os professores  servem de referência para a criança, portanto é importante que este profissional tenha um bom relacionamento com os alunos e pais, respeite as diferenças e tenha capacidade de transmitir conhecimento. Os pais também devem evitar comentários negativos na frente da criança sobre o professor, pois esta atitude incentiva a falta de respeito e a criança fica confusa em relação às figuras de autoridade mais importantes: pais e professores.
  5. SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA: crianças que "sobrevivem", que sofrem com a fome, com a falta de higiene, recursos básicos de sobrevivência e saneamento básico, provavelmente terão um baixo desempenho escolar. Algumas crianças, quando não estão na escola, acabam desempenhando outros papéis para ajudar a família, como olhar irmãos ou até desempenhando tarefas que não seriam de sua responsabilidade, não sobrando tempo para se dedicarem aos estudos. Existem alguns pais, por precisarem trabalhar demais, que deixam os filhos na casa de vizinhos ou na rua.
Alguma dicas do que podemos colocar em prática no dia-a-dia para colaborar com processo de aprendizagem de nossos pequenos:

  1. ACOMPANHAR: o acompanhamento é fundamental, a criança percebe quando nos interessamos pela rotina dela. Ir às reuniões e eventos na instituição de ensino e comentar com eles o que for importante ajuda muito na percepção do quanto você se preocupa e valoriza o desempenho escolar dela. Ajudá-los com as dúvidas e dificuldades nas tarefas de casa, perguntar sobre o dia dele na escola, todas estas atitudes ajudarão ela a perceber a importância que o estudo tem e o quanto este influenciará seu futuro.
  2. INCENTIVAR: incentivar não é pressionar, demonstre o quanto você acredita no potencial e na capacidade dele, mostre o quanto é impontante que ele dê o melhor de si nos estudos.
  3. CUIDADO COM OS CASTIGOS: se você percebe que a criança se esforçou mas mesmo assim seu resultado não foi satisfatório, procure conversar e entender qual a dificuldade dele, se necessário procure ajuda de um profissional como o psicopedagogo ou um reforço escolar.
  4. SOBRECARREGAR A CRIANÇA: todo cuidado é pouco, o equilíbrio é importante em todas as área de nossa vida e não é diferente com os estudos. Cuidado para não sobrecarregar a criança ou exigir demais dela. É importante que ela tenha espaço para atividades livres, brincadeiras, esportes, amizades e tarefas domésticas. Caso contrário, ela poderá entender os estudos como um peso na vida dela e com isso desenvolver um relacionamento negativo com o processo de aprendizagem.
Que tal colocar as dicas em prática agora mesmo?!

Deixe seu comentário, responderei a todos com o maior prazer.

Cristiane Saraguci
Psicopedagoga e Coach


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

CONHEÇA O COACHING PARA CRIANÇAS


O coaching é um processo cada vez mais difundido pelo mundo, antes era conhecido mais no mundo corporativo, hoje podemos encontrar profissionais de várias áreas buscando formação em coaching para melhorar a performance e que utilizam as técnicas em suas áreas profissionais. Alguns exemplos são os psicólogos, nutricionistas e personal trainer, além de muitos outros. Isto deve-se aos resultados positivos e benefícios que o processo de coaching traz para melhoraria da performance nos indivíduos. O coaching pode e deve ser aplicado em todos os âmbitos da vida humana. 

Em crianças o coaching pode ser aplicado nos pais, no caso de crianças a partir de 2 anos de idade, pois a linguagem está em desenvolvimento e não possuem noção de certo e errado. Para sessões mais estruturadas o ideal é a partir dos 6 anos de idade, pois já compreendem os comandos e sabem expressar o que estão sentindo, mesmo que seja através de um desenho ou reações.

Assim como na Psicopedagogia, a primeira etapa é a autorização e entrevista com os pais sobre os aspectos que a criança apresenta dificuldades e sua personalidade, além os pontos que os pais desejam aprimorar no filho. A partir daí pode-se começar o processo com sessões onde serão aplicadas as técnicas aliadas a diálogos, brincadeiras, jogos, pinturas, teatros e vivências em grupo.

As sessões têm como objetivo e foco o desenvolvimento do raciocínio, memória, imaginação, criatividade, emoção e interação. O Coach que atende crianças precisa entender as fases de desenvolvimento da criança, pois deve respeitar o ritmo e utilizar a linguagem correta de acordo com a faixa etária. Trabalhar com crianças pequenas é entender que o lúdico faz parte da vida da criança, eles se conectam através da ludicidade. 

O coaching para crianças pode trazer vários benefícios, como:


  • Mudanças positivas no comportamento;
  • Aperfeiçoamento dos talentos que a criança já apresenta;
  • Melhora a comunicação da criança. ela aprende a se expressar de forma mais positiva e clara;
  • Melhora a capacidade de lidar com situações comuns da infância como bullying, timidez e medo;
  • Melhora o foco e a concentração;
  • Desenvolve a inteligência emocional;
  • Estimula o raciocínio lógico;
  • Melhora a capacidade de adaptação;
  • Melhora o entendimento sobre si e o outro;
  • Forma crenças mais positivas sobre si mesmo e a vida.
Esse é o coaching para crianças, que pode trazer benefícios para toda a vida da criança, desde a infância, adolescência até a fase adulta. Quando uma criança passa pelo processo ela aprende a se adaptar melhor em novos ambientes e situações. Além de trabalhar foco e concentração, sendo que estes dois pontos vão influenciar significativamente os resultados na vida adulta e inclusive na adolescência.

Como dizia Emília Ferreiro: 

"Um dois maiores danos que se pode causar a uma criança é levá-la a perder a confiança na sua própria capacidade de pensar."

Se você gostou comente e compartilhe o conhecimento com outras pessoas.

Cris Saraguci
Psicopedagoga e Coach



sábado, 19 de janeiro de 2019

A importância do ócio infantil


Primeiramente gostaria de esclarecer o que significa "ócio". Segundo o dicionário do google é a "cessação do trabalho; folga, repouso, quietação, vagar"; e "espaço de tempo em que se descansa.". 

Porque resolvi escrever sobre o ócio infantil? Porque vivemos um momento em que as coisas acontecem muito rápido devido a tecnologia, recebemos um fluxo grande de informações diariamente (lembrando que informação não necessariamente gera conhecimento) e as pessoas parecem sempre ocupadas e correndo de um lado para o outro. 

Jà perceberam como ficamos irritados quando não estamos fazendo alguma coisa? Pois é. Estamos perdendo a capacidade de nos conectarmos com nós mesmos e de aproveitarmos o ócio de uma forma positiva. Já ouviu falar em "ócio criativo"? É justamente nestes períodos de ócio que podemos nos conectar conosco e ainda ter ideias inovadoras, pois nossa mente está desligada da correria do dia-a-dia.

No livro "O Ócio Criativo", Domenico diz:
"Existe um ócio alienante, que nos faz sentir vazios e inúteis. Mas existe também um outro ócio, que nos faz sentir livres e que é necessário à produção de ideias, assim como as ideias são necessárias ao desenvolvimento da sociedade."
E ele continua:
"Com trabalho, estudo e diversão, construiremos nossa identidade, não mais pelo que temos, mas através do que sabemos."
O grande problema é que estamos transferindo este péssimo hábito para nossas crianças, queremos ocupá-las o tempo todo. Se você que está lendo convive com uma criança já deve ter notado como ela fica irritada quando não está fazendo algo e ainda diz: "não tem nada pra eu fazer." PERIGO! Sinal de que esta criança pode não estar acostumada com o ócio, com o tempo de descanso e com preguiça de colocar sua criatividade para se reinventar.

Cansei de ouvir pais reclamando das férias escolares, não porque terão que trabalhar e deixar os filhos com cuidadores, mas porque diziam que não aguentavam a criança em casa, pois ela não parava um minuto. É aí que os pais acabam criando agendas e roteiros para os filhos se manterem ocupados o tempo todo, principalmente nas férias escolares! A criança, geralmente, acorda cedo para ir à escola, muitos permanecem período integral. O ambiente escolar é um ambiente "institucional", por melhor que ele seja, "não é o ambiente familiar", e esse é um dos motivos das férias escolares, para que a criança descanse desta rotina cansativa.  Lembre-se que para o desenvolvimento da criatividade é necessário o tédio, pois para sair da mesmice a criança terá que se reinventar, e isso é muito positivo e necessário!

Lembro-me das minhas férias escolares, naquela época não existia tecnologia, nem TV a cabo, todas as crianças da rua se juntavam e nos divertíamos, criando nossas brincadeiras. Tínhamos espaço e explorávamos todas as possibilidades do bairro onde morávamos, se existisse um pedaço de terra e algumas plantas, lá estávamos nós, fazendo comidinha de terra e folhinhas. Eventualmente as mães se juntavam e organizavam algumas excursões com a criançada. Quando não estávamos em casa ou na rua, podiam nos encontrar no máximo na casa dos avós. Ou seja, tínhamos todos os ingredientes para desenvolver nossa criatividade!

Infelizmente, o que vemos hoje são pais prontos para atender as necessidades dos filhos imediatamente, para que eles não tenham que colocar nenhum esforço para resolver seus conflitos, frustrações, ócios. A pergunta é: que tipo de adultos estamos formando?!

Portanto, vamos deixar as crianças "se virarem", podemos criar programações sim, mas com equilíbrio, deixando espaços para o "ócio criativo" das crianças, pois só assim elas irão explorar o mundo à sua volta. Menos tv e tecnologia e mais brincadeiras livres, movimentos corporais e criatividade! Mais "ócio criativo" para as nossas crianças!

Deixe seu comentário, experiência e sugestão que responderei com o maior prazer.





sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Primeira Infância, o grande desafio!



Sou mãe, e agora? Como é grande o desafio de educar e cuidar de um ser tão pequenino e dependente, não é verdade? Eles não vêm com manual de instruções, mas acredite, o instinto de mãe ajuda muito. Não é a toa que o ditado diz: "Se sua mãe disser que vai chover, leve o guarda-chuva!".
A primeira coisa que todas as mães deveriam saber é como funciona o desenvolvimento de seu filho de acordo com cada faixa etária, isso já diminuiria, e muito, a ansiedade e as dúvidas sobre o comportamento dele. Para falar um pouco sobre o desenvolvimento infantil vou recorrer à Jean Piaget, um dos grandes estudiosos das fases do desenvolvimento da criança e a psicogênese do conhecimento.
De 0 aos 2 anos de idade a criança está no período sensório-motor. O que é isso? Simples, ela aprende pela exploração do meio através dos sentidos, ou seja, ela precisa tocar, provar os objetos a sua volta. Por isso os bebês gostam tanto de tocar com as mãozinhas, e isso ainda perdura por alguns anos, o toque faz parte da curiosidade, as crianças gostam de "sentir" as coisas, as texturas, as cores, as sensações que aquilo provoca nela. Você fica irritada quando seu filho rasga uma revista que você tanto gosta? Neste momento vale manter a calma e explicar o "porque" ele não deve rasgar, uma opção é selecionar algumas revistas velhas e disponibilizar para que ele explore a vontade, sempre deixando claro a regra.
Vocês sabiam que a criança de 2 a 4 anos está na fase egocêntrica? Não? Pois é. Sabendo disso você já entenderá melhor porque ele fica tão irritado, chora e faz birra incansavelmente quando não tem sua necessidade ou exigência atendida quando ele quer. Entenda que seu filho quando nasce depende totalmente de você e o único recurso que ele recebe para se comunicar é o choro, ou seja, se ele sentir frio, calor, coceira, dor ou qualquer incômodo a reação dele será chorar, portanto, com o tempo, você conseguirá perceber a diferença no choro. O importante é não ficar com dúvida, acha que algo não está bem com o bebê? Leve-o ao médico.
Nessa fase do egocentrismo, o melhor recurso para que a criança vá aprendendo a dividir, a esperar e ir ganhando autonomia é conviver socialmente, pois é nas relações com adultos e outras crianças que ela irá aprender. Nesta fase a escola de educação infantil ajuda muito, uma vez que ela irá conviver com adultos e crianças de faixas etárias diferentes e ter um ambiente propício para o seu desenvolvimento, que oferece recursos variados.
Meu objetivo com este artigo é trazer algumas informações para ajudar vocês mamães e todos que convivem com crianças pequenas a entenderem um pouco mais sobre esse universo extraordinário da criança, um mundo cheio de possibilidades, cores, texturas e emoções, é encantador acompanhar o desenvolvimento deles e melhor ainda é saber como ajudá-los a superar as dificuldades que surgirem no percurso.
Comentem suas dúvidas, ajudarei com o maior prazer!

A relação do Controle Inibitório, Atenção e Memória, com a aprendizagem!

Toda aprendizagem depende do desenvolvimento sensório-motor, ou seja, das interações com o ambiente e pessoas, além dos processos neurobi...