quarta-feira, 13 de março de 2019

Psicologia Positiva: Virtudes e Forças de Caráter


Você sabe quais são suas principais forças e habilidades?

Os psicólogos Martin Seligman e Christofer Peterson publicaram em 2004 um grande estudo sobre virtudes que identificaram em comum nas histórias de diversas pessoas nas mais variadas religiões, tradições, filosofias e culturas. Durante três anos eles procuraram coincidências na Bíblia, no Alcorão, no Bushido, nas culturas do ocidente e do oriente, nas filosofias de Platão e Aristóteles. Estudaram Santo Agostinho, Buda, Benjamin Franklin e muitos outros pensadores.

Durante este projeto identificaram 6 virtudes, sendo elas: sabedoria e conhecimento, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência.

Para atingir as virtudes é necessário entender os caminhos que levam a elas, assim eles identificaram 24 Forças de Caráter, ou seja, o melhor que existe em nós!

De acordo com o estudo publicado em 2004 existem alguns critérios das forças, sendo:
1) A força é um traço, é algo que você faz com frequência.
2) A força produz gratificação, ou seja, produz alegria, entusiamo, realização e não é motivada por fatores externos, como recompensas.
3) A força é algo que os pais desejam para seus filhos.
4) A força não diminui os outros a sua volta, pelo contrário, ela motiva as pessoas a fazerem o mesmo.
5) Existem modelos positivos da força, como Madre Teresa de Calcutá e o Amor, por exemplo.
6) As forças são valorizadas em praticamente todas as culturas do mundo.

É importante saber que as forças estão sujeitas à mudanças, de acordo com a evolução do tempo.

Existe um teste gratuito, que todos podem fazer para identificar suas forças de caráter. A intenção é que você aprenda a potencializar suas forças principais em todos os aspectos da sua vida, gerando assim mais felicidade, bem-estar, realização e significado.

O tema é bem extenso e possui muitos detalhes. Seria interessante que houvesse um aprofundamento do assunto. Nas sessões de coaching trabalhamos as forças e muitos outros aspectos que envolvem autoconhecimento, trazendo benefícios e ganhos em todas as esferas da vida.

Se está curioso para fazer o teste e descobrir suas forças, acesse o link abaixo, o teste é gratuito:

https://www.viacharacter.org/survey/pro/canaldafelicidade/Account/Register


Cristiane Saraguci
Psicopedagoga e Coach

Obs: Se quiser saber mais sobre suas forças e trabalhar seu autoconhecimento, agende sua primeira sessão de coaching. Entre em contato comigo pelo Whatssap: (11) 98315-1410. Atendo em São Paulo (Capital), Mairiporã, Atibaia e região. Outras localidades atendimento on_line.

terça-feira, 12 de março de 2019

Qual o seu legado?


Quero iniciar este artigo com a definição de legado. Segundo o dicionário do google "legado" é um bem ou missão confiada a alguém por pessoa que está a ponto de morrer; ou disposição de última vontade pelo qual o testador deixa a alguém um valor fixado ou uma ou mais coisas determinadas.

Qual o seu legado? O que você vai deixar como contribuição, missão, bem maior para quem fica neste mundo? Gosto de uma frase de Mario Sérgio Cortella que diz: "A vida é curta para ser pequena". A expectativa média de vida no Brasil hoje é de 76 anos, segundo o IBGE. Pode parecer muito tempo quando se é jovem, mas para outros parece ser depois de amanhã. Temos que refletir sobre isso, porque no final, o que vai fazer a diferença, é o que você deixou, porque para o túmulo não levaremos nada de bem material, apenas lembranças e histórias.

No livro "A sorte segue a coragem" de Mario Sérgio Cortella ele chama o leitor para uma reflexão sobre a questão do legado e ele cita: "O que me importa é a vida que eu levo enquanto minha morte não vem. Qual a razão? Para que eu não desperdice, não a torne absolutamente inútil". Vejam a profundidade do que ele diz. Acabamos desperdiçando nosso tempo como se ele fosse infinito, o que não é uma verdade. Um minuto perdido não se recupera mais! Temos que VIVER enquanto estamos vivos! Viver inclui ser generoso, ter esperança, sonhar, ser tolerante, ser digno, ser amoroso, ser perdoador, e tudo isso em todas as esferas da sua vida!

Segundo a filósofa mineira Terezinha Rios: "Não somos imortais, mas podemos ser eternos". Como ser eternos? Através do nosso legado, aquilo de mais valioso que alguém pode ter na vida, a forma como ela viveu e ensinou quem conviveu com ela. Faça uma reflexão, o que você imagina que as pessoas estarão falando sobre você no dia do seu velório? A única forma de não sermos esquecidos é deixarmos nossa marca por onde passarmos, é fazendo a diferença na vida das pessoas, da comunidade, da sociedade.

Quando penso em vida, automaticamente penso em relacionamento, e quando penso em relacionamento, automaticamente penso na palavra "partilhar", que significa dividir com alguém. Se não houver partilha entre as pessoas, infelizmente, não existe legado! Porque viver é partilhar, partilhar amor, partilhar conhecimentos, partilhar oportunidades, partilhar o legado! A única forma de permanecermos aqui é deixarmos um pouco de nós nas pessoas que aqui ficarem. Só assim seremos eternos!

Cristiane Saraguci
Psicopedagoga e Coach


sexta-feira, 1 de março de 2019

Família e Escola: Parceria essencial na educação infantil para a promoção do desenvolvimento do sujeito



Este artigo tem como objetivo analisar a relação atual das famílias com a escola de educação infantil, os papéis das duas principais instituições, família e escola, e o papel preventivo e facilitador do psicopedagogo nesta relação.

Primeiramente vamos tentar entender as mudanças que vêm ocorrendo no modelo de família, com a desconstrução da família nuclear e quais os fatores relevantes que impactaram para que essas mudanças ocorressem e o impacto destas mudanças na educação que as crianças recebem em casa.

É possível observar atualmente, na nossa sociedade capitalista, um crescimento na terceirização da educação dos filhos pelas famílias, delegando essa tarefa para uma babá, avós, instituições escolares e/ou cuidadores. Neste contexto de terceirização da educação, muitos problemas vêm surgindo nas escolas. Um exemplo é a indisciplina, nunca se viu tantos problemas de indisciplina na escola como nos tempos atuais. Por outro lado, podemos observar a visão negativa dos educadores em relação às famílias.

Para entendermos onde estamos, precisamos analisar o contexto histórico que nos trouxe até aqui. Na vida familiar, o século XX apresentou algumas tendências na maioria dos países ocidentais. As principais foram: o aumento da expectativa de vida, a diminuição do índice de natalidade, a mulher com maior participação no mercado de trabalho e um aumento nos índices de divórcios e separações. É interessante a semelhança que esses países apresentam em relação às tendências apresentadas, pois trata-se de populações com consideráveis diferenças culturais, econômicas e políticas. (PORTELLA e FRANCESCHINI, 2011, p. 12).

Outro ponto importante é a configuração de família ou modelo de família, pois durante boa parte do século XX a família era configurada em pai, mãe e filhos, essa era chamada de família nuclear. Este modelo de família foi promovida pela modalidade industrial de produção e foi ganhando hegemonia ao longo do século XIX. Modificações foram ocorrendo e o pai, que era figura central nesta configuração familiar, foi perdendo seu status. Por um lado os filhos que reivindicavam e conquistavam o direito de escolher com quem queriam estabelecer relações conjugais, levando em conta seus sentimentos, e por outro lado as mães, ou melhor, as mulheres em geral, reivindicando o direito a inserção no mercado de trabalho e mais poder sobre os filhos. (PORTELLA e FRANCESCHINI, 2011, p. 12).

Analisando o contexto histórico apresentado, conseguimos entender onde estamos atualmente. Prescindindo progressivamente dos homens, as mulheres vêm dominando cada vez mais a maternidade e deslocando, na vida social, o poder para o feminismo/materno. Algumas consequências deste deslocamento têm gerado temor. A ausência da autoridade sobre os filhos implantaria a falta de limites, avalizada pela superproteção materna, que geraria desde o hedonismo narcisista até as múltiplas formas de violência, ambas as características fortemente presentes entre os traços marcantes da civilização ocidental do final do século XX e início do século XXI. (PORTELLA e FRANCESCHINI, 2011, p. 27/28).

Ou seja, o conceito de família mudou muito nos últimos tempos, não existe mais um padrão de família e sim uma variedade de padrão familiar. Mas independente dessas mudanças a família continua sendo o primeiro local de aprendizado das crianças, é através dela que acontece os primeiros contatos sociais e as primeiras experiências educacionais. De acordo com Braghirolli as atititudes são aprendidas. Desde muito cedo na infância sob a influência da família, elas vão sendo formadas.

As atitudes comportamentais das crianças são diretamente ligadas à família. Os pais, na maioria das vezes, exercem uma influência inconsciente, pois não percebem que sua forma de tratar as pessoas, de falar, de agir, sua maneira de ser e de enxergar o mundo têm enorme influência sobre o desenvolvimento do seu filho. Alem do desenvolvimento comportamental, a família também exerce influência sobre o desenvolvimento moral da criança.

De acordo com Bossa (2002), o meio social onde a criança é inserida desde sua concepção tem muito valor e é o início de toda a vida desse ser humano que no começo é muito dependente, principalmente, de sua mãe e com o decorrer dos anos, vai se tornando independente, mas tendo como base sua família, transferindo para o meio escolar, que é a sua primeira experiência de sociedade fora do seio familiar, sua realidade e suas noções construídas até o presente momento.

Então, a mãe é a peça chave para aquele pequeno ser em formação evoluir, pois será ela o elo de liberdade e construção de personalidade.

Os sentimentos que os pais transmitem a criança nos anos que antecedem à escola são muito importantes para o desenvolvimento da aprendizagem escolar da criança. O afeto desempenha um papel fundamental no funcionamento da inteligência. Sem afeto não há interesse, necessidade ou motivação.

Segundo Coria-Sabini , 1998:65, “Os pais têm um papel importante no processo de desenvolvimento da autonomia. Se eles encorajarem as iniciativas da criança, elogiarem o sucesso, derem tarefas que não excedam as capacidades da criança, forem coerentes em suas exigências e aceitarem os fracassos, estarão contribuindo para o aparecimento do sentimento de auto confiança e auto estima."

Neste ponto podemos refletir sobre algumas causas de problemas encontrados nas instituições de educação infantil nos dias atuais. A superproteção materna está latente e é comentada por todos os cantos pelos educadores. Muitas famílias têm se esquivado de suas responsabilidades educativas, transferindo esta tarefa para outras figuras, como babás, avós, instituições escolares e/ou cuidadores.

Podemos afirmar que quando uma família não executa seu papel e delega sua função para terceiros, ela está desrespeitando o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8069/90, no seu capítulo III, Art. 19 que diz: “Toda criança ou adolescente tem o direito a ser criado e educado no seio da família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária(...).”

A ausência da participação da família no processo de ensino aprendizagem da criança, pode ocasionar baixo desempenho e até mesmo a repetência escolar. Muitos pais vê a escola como local de depósito de crianças, matriculam seus filhos e só aparecem na escola quando seus filhos estão com problemas de baixo desempenho ou quando a coordenação pede sua presença. Sem a família não há como promover uma boa educação, uma vez que ela ainda é a maior incentivadora da criança. A participação dos pais na vida escolar de seus filhos é condição indispensável para que a criança se sinta amada e motivada a obter avanços em sua aprendizagem.

É importante reforçar que a Educação tem importante papel na formação do indivíduo, preparando-o para a vida social e cultural. Formando indivíduos criativos, expressivos e ativos, a Educação contribui para uma sociedade melhor e mais crítica. Segundo Paulo Freire (2007) “nenhuma ação educativa pode prescindir de uma reflexão sobre o homem e de uma análise sobre suas condições culturais. Não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados” (p. 61).

De acordo com Vygotsky (2007), o indivíduo é produto e produtor de sua cultura, e nesse processo internaliza valores e conteúdos socioculturalmente compartilhados entre os indivíduos, contribuindo com isso para a formação de sua personalidade e para a construção de conhecimentos. Segundo Vygotsky (2001), o bom aprendizado é aquele que se adianta ao desenvolvimento do educando e traz a este desdobramentos potenciais significativos, sob supervisão ou orientação do professor.

De acordo com Vygotsky, o aprendizado orientado para níveis de desenvolvimento que já foram atingidos é ineficaz do ponto de vista do desenvolvimento global da criança. Ele não se dirige para um novo estágio do processo de desenvolvimento, mas, em vez disso, vai a reboque desse processo. Assim, a zona de desenvolvimento proximal capacita-nos a propor uma nova fórmula, a de que o “bom aprendizado” é somente aquele que se adianta ao desenvolvimento. [...] Desse ponto de vista, aprendizado não é desenvolvimento; entretanto, o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 2007, p. 102, 103, aspas do autor).

Isso implica fazer a boa aprendizagem desdobrar-se em desenvolvimento, principalmente fazendo incidir a construção de novos conhecimentos e habilidades intervindo na Zona de Desenvolvimento Próximo do educando, permitindo-lhe desenvolver novas potencialidades e compreensão da realidade.

Para entendermos, a participação da família no processo de ensino aprendizagem é tão importante que em Cuba é realizado um programa chamado “Educa tu hijo”, organizado para as famílias cubanas cujos filhos não estão em círculos infantis. Ele é organizado como um programa para ajudar as famílias a exercerem sua função educativa, fundamentando-se na importância dos anos iniciais da vida para o desenvolvimento integral da criança. Dr. Guillermo Arias Beatón dirige o Programa de Atenção e Orientação Psicológica a Crianças em Situação de Risco e seus familiares, como parte do programa oferecido à população de Cuba. Às investigações realizadas com alguns grupos de pais cubanos permitiu organizar as famílias em algumas categorias, sendo elas pais potenciadores, pais semi-potenciadores e pais não potenciadores do desenvolvimento.

Algumas características das “famílias potenciadoras” do desenvolvimento são:

· Demonstram participação ativa no processo educativo dos filhos, intencionalidade nas suas ações e diálogo com outras instituições sociais;

· Concepção adequada do desenvolvimento humano/infantil próxima daquela apresentada pelo enfoque histórico-cultural e concepção adequada referente o processo de estimulação da criança;

· Pais que estão preparados desde o nascimento dos filhos;

· Ações e métodos educativos adequados, de modo sistemático, planejado, consciente e intencional;

· Métodos educativos a partir de uma análise compreensiva e flexível, diferenciando aspectos positivos e negativos da educação que receberam, assim como revivenciam e resignificam aqueles fatos e situações negativas.

Essas características ajudam o psicopedagogo a entender e diagnosticar em qual realidade familiar as crianças estão inseridas e criar uma intervenção eficiente para evitar ou melhorar o processo de ensino aprendizado e a relação da família com a escola.

Nas crianças em idade pré-escolar, ou seja, que está iniciando sua escolarização, é possível fazer uma associação entre o mundo da família e o mundo da escola, é aquela entre a socialização primária e a socialização secundária. (Berger & Luckmann, 1973, p. 180) Para Berger & Luckmann (1973, p. 175), “a socialização primária é a primeira socialização que o indivíduo experimenta na infância, e em virtude da qual torna-se membro da sociedade. A socialização secundária é qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos setores do mundo objetivo de uma sociedade.” Ou seja, os pais têm um papel fundamental no desenvolvimento e desempenho escolar dos filhos, pois quando o conhecimento é valorizado pelos pais, ou seja, no seio da família, terá força muito maior no desenvolvimento da criança do que quando desenvolvido apenas na escola, visto que “o mundo interiorizado na socialização primária torna-se muito mais firmemente entrincheirado na consciência do que os mundos interiorizados nas socializações secundárias.”

Para esses autores (1973, p. 184 seq.), a socialização primária tem um poder muito maior de permanência na criança do que a socialização secundária. Segundo eles, “é imediatamente evidente que a socialização primária tem em geral para o indivíduo o valor mais importante e que a estrutura básica de toda socialização secundária deve assemelhar-se à da socialização primária.” (Berger & Luckmann, 1973, p. 175)

Sendo assim a parceria entre família e a escola é essencial para que os alunos possam realmente ter um maior aproveitamento na aprendizagem, não basta apenas à escola se preocupar com a aprendizagem, os pais também precisam estar envolvidos neste processo e se preocuparem, uma vez que a família exerce uma influência muito maior sobre a criança. Segundo as autoras Rocha & Machado (2002, p.18) o envolvimento familiar traz também benefícios aos professores que, regra geral, sente que o seu trabalho é valorizado e apreciado pelos pais e se esforçam para que o grau de satisfação dos pais aumente.

Pode-se perceber diante desse contexto que a família é parte fundamental no processo de ensino aprendizagem, podendo interferir de maneira direta nas relações das crianças com o ambiente escolar e com o mundo que a cerca. Nesse sentido faz-se necessário o professor conhecer a realidade familiar a qual o aluno está inserido, conhecer quais são os anseios, angustias e necessidades vivenciadas pelos alunos, pois assim poderá compreender o “porque” das dificuldades demonstradas no processo ensino aprendizagem.

Família e escola são entidades tão importantes que Smith e Strick, 2012, p. 20 potuam que o: “(...) desenvolvimento individual das crianças também é maçiçamente influenciado por sua família, pela escola e pelo ambiente da comunidade”.

Podemos perceber que essa visão está relacionada ao Enfoque Histórico-Cultural que considera que para a educação ser essencialmente humana e boa é necessário que essa ocorra na família, na escola e na sociedade como um todo. Tanto os pais como os filhos, ambos constituem-se em “outros” na zona de desenvolvimento proximal do sujeito, ou seja, os filhos dos pais e os pais dos filhos. É importante recordar que Vygotski, ao definir a zona de desenvolvimento proximal, organizou as categorias de desenvolvimento em “real” ou “atual”, desenvolvimento potencial e níveis de ajuda.

Para que o ensino e aprendizagem ocorram na sua totalidade de significações e relações, é necessária a união da família com a Escola, principalmente, estando a par de tudo que ocorre tanto fora quanto dentro da sala de aula, mantendo uma comunicação saudável de ambas as partes.

Assim a criança se sentirá parte também do ambiente escolar, porque sabe que sua família confia e acompanha o desenvolver dela nesse outro lugar diferente de sua casa.

Além disso, de acordo com Werneck (2007, p.38), deve-se na escola transformar ambientes, atitudes e planos de aula tradicionais, mas principalmente, o professor abrir sua visão e “recriar o sabor do estudar e o sabor do aprender”.

Com isso haverá prazer em aprender mais e mais, as crianças terão vontade de participar desse meio ambiente, formando um círculo de união entre Escola e Família.

Na Escola, os educadores devem estar atentos ao seu grupo de estudantes, dando o real valor que cada criança merece e fazendo uso de diversos recursos e áreas do conhecimento, para dar oportunidades à todos de conhecerem a si mesmos, observando seu real valor.

Com isso, haverá poucos problemas comportamentais e mais seres em formação, acreditando em si e no seu potencial.

A família é o foco deste artigo, que é reconhecida como sendo a que desempenha o principal papel educativo do indivíduo, fato que não pode ser ignorado ou tão pouco substituído por qualquer outra instituição.

A criança precisa da família para ajudá-la na aquisição do conhecimento, para seu sucesso no desempenho escolar e para sua inserção social. A família em sua nova configuração vem caminhando em desordem e ela precisa de apoio para conseguir desempenhar seu papel educativo de forma eficiente e potenciadora.

O psicopedagogo é fundamental para ajudar ambas as instituições, escolar e familiar, para que consigam exercer suas funções com êxito, uma vez que ele conhece o funcionamento das duas instituições, evitando que as crianças sejam vítimas das transformações sociais que vêm ocorrendo e da falta de diálogo entre a escola e a família.

A parceria entre as duas principais instituições responsáveis pelo desenvolvimento integral do sujeito é essencial desde a educação infantil, visando sempre melhorar o desempenho no aprendizado do sujeito, valorizando o conhecimento desde tenra idade e respeitando a individualidade e particularidade de cada instituição familiar e da criança.

Cris Saraguci
Psicopedagoga e Coach Educacional

A relação do Controle Inibitório, Atenção e Memória, com a aprendizagem!

Toda aprendizagem depende do desenvolvimento sensório-motor, ou seja, das interações com o ambiente e pessoas, além dos processos neurobi...