segunda-feira, 27 de maio de 2019

Dica para os pais ajudarem no desenvolvimento psicomotor de seu bebê


O desenvolvimento psicomotor refere-se ao aumento da capacidade do bebê de realizar funções cognitivas e motoras progressivamente mais complexas. Está envolvido nesse processo a capacidade física, intelectual e social da criança. Engana-se quem pensa que vida de bebê é algo simples! Os estímulos que o bebê recebe o tempo todo exige um esforço cognitivo muito grande para que ele se desenvolva.

E a família é o primeiro contato social da criança, é onde ela receberá os primeiros estímulos para o seu desenvolvimento psicomotor. Os pais que têm esse conhecimento farão um trabalho mais eficiente para ajudar a criança nesta fase do desenvolvimento, pois suas ações serão pensadas e planejadas. Quando você compra um brinquedo para estimular ludicamente a criança está contribuindo para o seu desenvolvimento psicomotor, por isso a importância de pensar qual brinquedo comprar. Nesta fase devemos tomar cuidado com a tecnologia, que pode ser prejudicial nesta fase do desenvolvimento, inclusive a televisão. O acesso deve ser programado, por um período curto, pois nesta fase a criança precisa se movimentar e explorar.

Não podemos pensar o desenvolvimento psicomotor apenas por processos biológicos, mas, sim, pelo meio onde a criança está inserida socialmente e culturalmente, além das interações e práticas, que é o ponto mais importante do desenvolvimento humano.

Segundo Arioli (2007):
O desenvolvimento infantil vai ser determinado pela própria vida da criança, ou seja, quanto mais oportunidades a criança tem de desenvolver suas capacidades, maiores serão as chances de se apropriarem da cultura em que estão inseridas 
Ou seja, os primeiros anos de vida da criança são importantíssimos para o seu desenvolvimento e os pais podem contribuir muito criando ambientes ricos em estímulos e favorável para que a criança explore, sinta, perceba e utilize todos os sentidos neste processo de aprendizagem.

No processo de desenvolvimento psicomotor é preciso olhar a criança em sua totalidade, ou seja, intelectual, emocional e racional. A criança está desenvolvendo várias habilidades nesta fase e é importante que esse desenvolvimento seja significativo e prazeroso.

Trouxe para você algumas dicas fáceis e muito divertidas de ajudar o seu bebê. As cores e as texturas chamam bastante a atenção dos bebês, por isso, uma dica, é criar um espaço com uma parede que chamamos de sensório-motora, onde a criança poderá manusear, tocar e sentir as diferentes texturas, os bebês amam manusear este tipo de brinquedo. Segue exemplo abaixo:


Você encontrará vários modelos na internet, mas você pode soltar a criatividade e montar um para o seu pequeno. IMPORTANTE: cuidado com itens pequenos como grãos, botões, que possam se soltar, pois nesta fase eles colocam tudo na boca e é preciso fixar bem e supervisionar enquanto a criança brinca para que não ocorra nenhum acidente.

Outra dica são os livros sensório-motores feitos com tecido, são lindos e os bebês adoram, veja um exemplo:


As músicas também uma excelente forma de interagir com os bebês, eles prestam bastante atenção as mudanças de sons e gestos, por isso algumas músicas chamam mais atenção que outras. Usar instrumentos também é uma excelente estratégia para estimular seu bebê. Por isso os chocalhos fazem tanto sucesso com os pequenos. Ou você pode fazer chocalhos em casa, mais estimulantes e divertidos do que os comprados em lojas. Veja alguns exemplos:




Agora que você já sabe um pouquinho sobre o desenvolvimento do seu bebê, mãos a obra, já comece a planejar um ambiente rico e estimulante para que ele aprenda se divertindo.

Se você gostou do artigo e gostaria de sugerir outros temas, por favor, deixe seu comentário!

Gratidão!

Cris Saraguci  
Psicopedagoga
Personal & Professional Coach
up2udesenvolvimento@gmail.com
(11) 98315-1410







segunda-feira, 20 de maio de 2019

A televisão e sua responsabilidade na formação das crianças


A contemporaneidade nos trouxe algumas mudanças e influências que impactam no desenvolvimento humano, uma delas é a transferência, pouco a pouco, dos cuidados das crianças das famílias para as escolas. Hoje falamos em "educação integral" ou "desenvolvimento integral" do sujeito. O que isso quer dizer? Que o ser humano precisa se desenvolver na sua integralidade. Segundo o Centro de Referência em Educação Integral:
"a educação integral é uma concepção que compreende que a educação deve garantir o desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões - intelectual, física, emocional, social e cultural - e se constituir como projeto coletivo, partilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores e comunidades locais".
Essa passou a ser uma tarefa essencial no espaço escolar, sendo assim, os filhos acabam passando um tempo menor com a família, a qual deve garantir que o tempo com os filhos seja de maior qualidade. Você acredita que apenas as escolas e as famílias são responsáveis pela educação? Eu te afirmo que não. Hoje a criança sofre influência de todo tipo de mídia.

Uma reflexão que me chamou atenção no livro "Não nascemos prontos" de Mário Sérgio Cortella está na página 47 com o título "A mídia como corpo docente", o autor cita um fenômeno que passa despercebido na correria do dia a dia. Ele enfatiza que uma criança nos centros urbanos, a partir dos dois anos de idade, tem acesso a uma média de três horas diárias de televisão, sem contar as outras mídias (celular, tablet, etc), ou seja, aos 7 anos de idade ela já assistiu mais de cinco mil horas de programação televisiva.

Sério, você se chocou com este número? Porque eu me choquei. Vale uma reflexão muito importante aqui! CINCO MIL HORAS! Essa criança chega no ensino fundamental com cinco mil horas de programação televisiva. Gente, é muita coisa! Você não acha que é uma responsabilidade muito grande  para os que produzem programação e publicidade infantil? Pois é! Por isso, nós pais e cuidadores, precisamos estar atentos ao tipo de formação que a criança está recebendo, estamos falando em um impacto formativo, isso mesmo! A mídia televisiva tem o poder de influenciar comportamentos, criar conceitos, estimular o consumismo. E sem contar que não podemos esquecer dos interesses econômicos que existem na jogada!

A criança, em especial, "imita" o que vê na tela. Em minha experiência como professora de educação infantil presenciei de forma corriqueira as crianças reproduzindo o que assistiam na televisão ou nas mídias a qual eram expostas, ou seja, nós educadores temos consciência da importância dos pais fazerem boas escolhas, criarem controle dos acessos às mídias, mas infelizmente nem todos percebem o perigo a que estão expondo os filhos. A criança é como uma esponjinha, ela vai absorvendo tudo a sua volta, cabe a nós pais direcionarmos o que realmente julgamos importante elas terem acesso, todo cuidado é pouco!

Vale uma reflexão: qual o papel social da mídia? Será que eles se dão conta do caráter e responsabilidade "educativa" que carregam? Existem vários estudos sobre o assunto, mas basta observar o comportamento das crianças expostas desregradamente a todo tipo de programação televisiva, o excesso de erotização é assustador (dança da bundinha, da garrafa, da vassoura, e por aí vai), a banalização do sexo, valores familiares sendo denegridos e violência excessiva. Veja a forma como se vestem e dançam! Se tornam mini-adultos.

Vou deixar algumas dicas de algumas coisas que os pais e cuidadores podem fazer a respeito:

  • reduzir o tempo de exposição da criança à televisão, celular, ou qualquer outra mídia;
  • supervisionar o tipo de programação e o conteúdo apresentado, mesmo em desenhos;
  • ajudar o filho a encontrar um hobbie, um esporte, uma brincadeira ou atividades que goste;
  • conversar com seu filho sobre estes conteúdos inadequados quando for exposto, para que compreenda o que está vendo e entenda o quanto é prejudicial;
  • não colocar TV no quarto das crianças;
  • assinar revistinhas, comprar livros infantis e jogos que a criança goste;
  • não utilizar a TV ou celular (todo tipo de mídia) como uma forma de manter o filho ocupado;
  • não deixar crianças com menos de 2 anos expostas à televisão;
  • não criar o hábito de assistir TV enquanto se alimentam;
  • seja o exemplo do que você está tentando ensinar.
Quero deixar claro que existem programas educativos muito bons e adequados a cada faixa etária, as mídias fazem parte do nosso dia-a-dia, porém é preciso saber utilizar e selecionar o que realmente agrega na nossa educação e dos nossos filhos. Não pensem que apenas as crianças são influenciadas pela mídia! Todos nós somos! Infelizmente, muitas pessoas não têm conhecimento ou não levam a sério essa influência. Mas ela existe e é fato!

Para ser exemplo do que se quer ensinar comece selecionando o que você ouve, assiste e lê! Escolha o que realmente vai agregar algum tipo de conhecimento ou mesmo diversão, mas seja seletivo. Você só tem a ganhar e sua família também, eu te garanto! Pessoas de sucesso se preocupam muito com isso e aproveitam o seu tempo da melhor forma possível, até porque o tempo perdido não tem como ser recuperado, então use-o com sabedoria!

Gratidão!

Cris Saraguci 
UP2U Desenvolvimento Humano
Pedagoga, pós-graduada em Psicopedagogia
Pòs-graduanda em Neuropsicopedagogia
Personal & Professional Coach SBCoaching




sexta-feira, 17 de maio de 2019

As palavras e seus frutos


Há anos venho trabalhando em mim uma fala mais positiva, mudando meu modo de pensar, baixando julgamentos e afirmo, não é uma tarefa fácil! Você se auto-analisar, prestar atenção em si mesmo e se corrigir exige muita disciplina, porém gera grandes aprendizados, autoconhecimento e resultados extraordinários!

Minha fé é cristã e as mensagens que mais me chamam atenção é sobre como devemos utilizar as palavras, são tantas citações na Bíblia nos alertando sobre o poder das palavras, porém ela também afirma quão árduo é o trabalho para dominá-las.

Você quer saber se você tem usado as palavras para edificar a vida das pessoas e a sua própria? É simples, observe os frutos que suas palavras têm gerado. Quando abrimos a boca temos o poder de levantar ou derrubar uma pessoa, de reconciliar ou separar, levar paz ou brigas e contendas. É assim que sabemos se usamos da forma correta! Prestando atenção no RESULTADO!

Eu costumo dizer isso com frequência para as minhas filhas e para os que convivem comigo: "Não falem nem compartilhem nada sobre qualquer pessoa, nem sobre seu inimigo, se não tiver absoluta certeza do que está dizendo, porque meias verdades e fofocas podem destruir a vida de uma pessoa, e não somos juízes de ninguém aqui nesta terra. A injustiça está por todo lado, o engano, o julgamento errado, as "deduções", os "achismos". Então, cuidado"!

Muitas vezes falamos com uma intenção genuína de ajudar ou de demostrar amizade, porém em seguida você já observa o fruto, uma confusão, uma discórdia, ou seja, sua intenção podia até ser boa, mas... como diz o ditado: "O inferno está cheio de boas intenções". Entendeu? Pense antes de falar.

A justiça deve ser praticada até com quem não gostamos, inclusive com nossos inimigos! Precisamos viver mais a compaixão e a misericórdia, só assim faremos deste mundo um lugar melhor para se viver!

Meu convite hoje é para que você reflita sobre como tem usado suas palavras. Que tal começar a exercitar agora mesmo? Diga algo edificante para alguém no seu trabalho, na sua casa, na rua...comece a falar de "ideias" e não de "pessoas". Fale coisas boas pra você mesmo! Depois me conte o resultado! Eu garanto, você se sentirá mais leve, pois o peso do julgamento é muito grande, quando o abandonamos nossa vida flui!

Gratidão

Cris Saraguci
UP2U Desenvolvimento Humano
Psicopedagoga e Coach

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Precisamos morrer para viver? Um paradoxo que muitos compartilham.


Hoje, como de costume, fui buscar o pão pela manhã e tive a oportunidade de conversar com alguém que teve uma experiência de quase morte, infartou aos 40 anos e permaneceu 17 dias em coma dentro de uma U.T.I. Vocês já tiveram a oportunidade de conversar com pessoas que passaram por situações parecidas? Eu tive algumas, até porque adoro ouvir histórias, sou curiosa pra saber o aprendizado que as pessoas tiveram no decorrer da vida.

Ao perguntar o que ela aprendeu com a situação a resposta foi: "Aprendi a viver, desapegar das coisas que não tem importância, reorganizei minhas prioridades e não esquento mais minha cabeça com coisas sem importância".

Eu tive a oportunidade de cuidar de uma pessoa muito doente, anos atrás, ao ela descobrir um câncer fulminante. Em um dia ela fazia planos para o futuro e no outro o médico lhe dá nada mais que alguns meses de vida. O que realmente se tornou realidade! Aos 54 anos não lhe restava mais que 7 meses de vida! Triste realidade que muitos de nós não conseguimos enxergar. Nosso tempo é precioso demais para desperdiçarmos com bobagens! Você já percebeu nos velórios as conversas? Na minha visão o luto serve para esfregar na nossa cara, sem dó, que não temos controle sobre nada e que devemos valorizar a vida!

Mas, esperamos muitas vezes, como na fala popular, "a água bater na bunda" para mudarmos a rota e nossa visão de mundo! Por que não fazer isso antes? Por que não aproveitar cada momento como se fosse o último? Por que não dormir e acordar pensando em fazer a vida valer a pena? Por que não aprender com cada pessoa que cruzamos no caminho? Por que não amar e ajudar mais? Por que?

Brigas desnecessárias, falta de zelo com a saúde, excesso de bebida alcoólica, preocupação excessiva com coisas materiais, com a casa, com o carro, trabalho em excesso, enfim....o excesso, o excesso, o excesso! Onde mora o equilíbrio?

Se cuide, se ame em primeiro lugar! Sua saúde não tem preço, e se você não cuidar dela hoje pra economizar sei lá o que, a conta vai chegar, e eu te garanto, vai sair muito mais cara no futuro! Se sua desculpa é falta de tempo, desculpe te dizer, o dia tem 24 horas para todos os seres humanos do planeta terra, e por que alguns conseguem fazer determinadas coisas e outros não? Prioridade. Simples assim! O que você está colocando como prioridade na sua vida? Pense. Porque eu te garanto, quando a "água bater na bunda" você vai arrumar tempo, oh se vai!

Observo muitas pessoas argumentando que não tem dinheiro pra passar em um especialista pra resolver seu problema de saúde ou para fazer uma atividade física, mas no momento seguinte observo a mesma pessoa comprando coisas inúteis. Não estou julgando! Apenas pontuando que nós temos escolhas, e o que existe são "prioridades". Mais uma vez pergunto: o que você tem priorizado em sua vida? Sua saúde ou seus bens materiais? Nós temos o livre arbítrio para escolher nossos caminhos, sabendo que todos eles nos levarão à algum lugar, que se chama consequência!

Uma das coisas que aprendi é que meu tempo é precioso e que preciso aproveitá-lo ao máximo, pois não tem como recuperar um minuto sequer de vida perdida! E mais uma vez eu volto a incentivar vocês a terem um olhar "POSITIVO" para a vida, pois até nos momentos de caos a vida nos ensina algo de bom. Tudo é aprendizado! Desapegue dos excessos, busque o equilíbrio. Não tenha medo de mudar, pra melhor é claro!

É preciso desacelerar e viver o presente! Esteja presente em cada minuto de sua vida! Esteja presente por você e pelos que convivem com você, pois afinal nós não sabemos quando nosso relógio irá parar de bater, mas podemos fazer valer cada momento que nos for permitido!

Gratidão!

Cris Saraguci
Psicopedagoga
Personal & Professional Coach



segunda-feira, 6 de maio de 2019

Cultivando Virtudes - um espelho para nossos filhos


Um dos assuntos que abordo com frequência é a importância do pensamento e fala positiva. Dentro desse campo da positividade, podemos citar as virtudes como algo essencial para nos tornarmos melhores a cada dia. Quando tomamos consciência de quem somos, como nos comportamos, como pensamos, como nos expressamos, podemos ver com clareza onde precisamos melhorar.

Toda evolução exige primeiro um exame de consciência, que muitas vezes pode ser doloroso, mas necessário. Porque assumir erros e mudar dói! E como dói. Abrir mão de velhos hábitos nem sempre é fácil, eu que o diga. Mas o reflexo que essas mudanças terão no comportamento dos nossos filhos é gratificante e encorajador, pois a criança observa e aprende com nossos exemplos.

Para compreender melhor, vou falar um pouco sobre a Psicologia Positiva e a Neurociência, que surgiram como ciências essenciais no campo do desenvolvimento humano.

A Psicologia Positiva adotou o conceito de virtude para descrever o caráter de uma pessoa. Segundo Martin Seligman e Christopher Peterson, os pais da Psicologia Positiva, todo ser humano possui 24 forças de caráter, agrupadas em 6 virtudes principais, que são: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência. Eles nos mostram a direção, como uma bússula, para nossa evolução, pois através deste conceito somos capazes de nos avaliarmos e buscarmos nos desenvolver.

Já a Neurociência nos explica sobre o funcionamento do cérebro, através dela conseguimos compreender como os hábitos surgem e são registrados em nosso cérebro, e como reprogramar nossa mente para criarmos novos hábitos e como buscarmos um mindset de crescimento, assunto que falarei em outro artigo.

As virtudes são o que o ser humano tem de melhor, ou seja, nossas qualidades. Por que é importante cultivar as virtudes? Porque elas são a parte central de nossa evolução. Através delas podemos nos tornar pessoas melhores.

Aristóteles disse:
"A virtude é uma consequência do hábito".
Entenda como funciona! Aquilo que fazemos repetidamente fica registrado em nosso cérebro e para economizar energia o cérebro coloca algumas tarefas ou comportamentos no modo automático, ou seja, você não precisa mais pensar muito e gastar energia para exibir determinados comportamentos, seja o hábito de agradecer logo que acorda ou de reclamar! Assim surge um hábito, seja ele bom ou ruim. Para que a mudança de um hábito ocorra é preciso primeiro assumir a autorresponsabilidade pelos seus atos, pelos seus comportamentos e entender que você está no controle de sua vida, que ninguém é responsável pelas suas escolhas e atitudes. O vitimismo, por exemplo, é um comportamento destrutivo, que não nos permite buscar as mudanças necessárias e que nos trazem dor em alguns momentos da vida.

Sabe o que é extraordinário? As virtudes podem ser cultivadas, o poder está nas nossas mãos, no nosso querer! Basta você começar a "praticar" a força de caráter que precisa desenvolver. Lembrando que as forças de caráter nos levam à 6 virtudes, segundo o conceito da Psicologia Positiva. Portanto para desenvolver as virtudes é preciso trabalhar as forças de caráter que são:

1) Sabedoria e Conhecimento: criatividade, curiosidade, julgamento, amor por aprendizagem e perspectiva.

2) Coragem: bravura, perseverança, integridade e vitalidade.

3) Humanidade: amor, bondade e inteligência social.

4) Justiça: cidadania, igualdade e liderança.

5) Temperança: perdão, humildade, prudência e autocontrole.

6) Transcendência: apreciação da beleza e da excelência, gratidão, esperança, bom humor e espiritualidade.

Por exemplo, se você quer criar o hábito de agradecer ao invés de reclamar, que tal comprar um caderninho de bolso e registrar diariamente os motivos pelos quais você tem para ser grata naquele dia? E que tal incentivar seu filho a agradecer também. faça o exercício junto com ele, será mais incentivo pra você mudar também! Fazendo isso diariamente, em pouco tempo, você terá substituído o hábito negativo de reclamar pelo hábito positivo de agradecer e ainda terá ensinado seu filho a ser grato pela vida. E sabe o que vocês ganham ao desenvolver a gratidão? Mais felicidade.

Eu te encorajo a analisar as 6 virtudes e encontrar as forças de caráter que você precisa desenvolver para sua evolução, anote e responda a seguinte pergunta: o que eu posso fazer hoje para cultivar essa determinada força em mim e nos meus filhos? Crie sua estratégia e mãos a obra. Se você quer desenvolver mais bondade no seu filho, por exemplo, que tal passar na padaria e comprar um café da manhã para um morador de rua, peça que ele entregue. Ou melhor ainda, peça que ele separe alguns brinquedos para doar e leve-o junto, para que ele entregue a uma criança carente.

É assim que vamos nos reconstruindo e evoluindo! É assim que deixaremos filhos melhores para este mundo.

Mudar dá trabalho, mas vale muito a pena! Experimente.

Gratidão!

Cris Saraguci
Psicopedagoga
Personal & Professional Coach SBCoaching

sexta-feira, 3 de maio de 2019

A importância da criança aprender a nomear as emoções!


Se nós, adultos, algumas vezes temos dúvidas sobre o que estamos sentindo em determinadas situações, imagine as crianças!

Quando falamos em educação é importante levar em consideração o desenvolvimento integral do sujeito, que objetiva garantir o desenvolvimento em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. Educação não é o que se faz apenas na escola, nos educamos quando nos relacionamos com outras pessoas e com o mundo, em nosso falar, andar, olhar e viver em comunidade. Nossa vida é repleta de aprendizados desde que nascemos e aprender a lidar com nossas emoções e sentimentos é um deles, aliás, um dos mais importantes para que todo o resto flua bem.

Quando somos desequilibrados emocionalmente podemos sofrer consequências graves em nossos relacionamentos, ou seja, pode afetar nossa vida social, profissional e pessoal. Quantos relacionamentos são destruídos por comportamentos relacionados a falta de inteligência emocional. Quando não temos controle de nossas emoções, ao pensarmos algo negativo, rapidamente podemos exteriorizar em palavras ou gestos e causas danos pra nós e para as pessoas que nos relacionamos, algumas vezes difíceis e até impossíveis de serem reparados.

Por este motivo é importante ajudar as crianças a entenderem o que estão sentindo desde muito pequenas, ensiná-las a nomear as emoções é o primeiro passo para que ela aprenda a lidar com elas. A raiva, a decepção, a ira, a tristeza, a frustração e todos esses sentimentos negativos também precisam fazer parte do desenvolvimento de nossos filhos e alunos, porém, o problema é que, nós pais, muitas vezes, não queremos ver nossos filhos tristes, desapontados e acabamos, por amor, deixando de educá-los sobre as emoções, sem pensar nas consequências futuras de nossos atos. Tentamos distraí-los, falando de outro assunto, quando aparece o primeiro sintoma de decepção ou emoção negativa, em uma tentativa de mudar o foco. Isso quando não os repreendemos e dizemos para pararem de bobagem, porque na nossa concepção eles têm motivos de sobra para serem felizes e começamos um sermão, só não percebemos que a criança pode interpretar como: "Eu que devo ser boba mesmo, minha mãe tem razão!". Essa criança pode ter acabado de aprender uma lição, que seu sentimento não tem valor, que é uma bobagem ficar triste.

Não estou dizendo que é para valorizar o sentimento negativo e não fazer nada com ele. O que quero dizer é que precisamos conversar com a criança sobre o sentimento, perguntar o que ela está sentindo,  ajudá-la a dar nome a essa emoção, entender o motivo e ajudá-la a resolver o problema. Não simplesmente ignorá-lo!

Segundo dados a OMS (Organização Mundial da Saúde) o número de suicídio entre jovens vem crescendo nas últimas décadas, e nós temos constatado isso nos noticiários. Mas o que fazer? Como podemos prevenir para que nossos filhos não sejam as próximas vítimas? O aumento do índice de pessoas com problemas ligados as emoções é assustador, entre elas: depressão, síndrome do pânico, ansiedade. Aliás, a depressão, é chamada de mal do século pela OMS. E ainda tem mais, segundo a psicóloga Rita Calegari, da rede de Hospitais São Camilo de São Paulo:
"Nosso corpo é um sistema único - a parte física e a emocional  não estão desassociadas uma da outra - o que afeta o corpo mexe na emoção, , o que afeta a emoção, mexe no corpo". Fonte: Redação site Minha Vida
Isto significa que algumas dores que desenvolvemos pode ter relação com nossas emoções.

Entendeu a importância de ensinar seu filho ou aluno a lidar com as emoções? E a empatia é a melhor ferramenta para lidar com situações em que a criança esteja vivenciando emoções negativas, é exatamente nestas situações que os pais e professores têm a oportunidade de ajudá-los a nomear o que estão sentindo e a resolver o problema. Se estão com raiva tem um motivo, qual? A forma como lidamos com essas situações é que farão toda diferença para desenvolver a inteligência emocional dos pequenos.

Empatia é compreender emocionalmente a outra pessoa, é se colocar no lugar do outro. Nossos filhos precisam muito do nosso esforço para compreendê-los e principalmente para instrumentalizá-los para se desenvolverem de forma integral.

Uma criança que desenvolve inteligência emocional tem uma série de benefícios durante a vida. Ela terá uma autoestima elevada, aprenderá com maior facilidade, saberá reconhecer e valorizar seus sentimentos e emoções, irá se relacionar melhor socialmente e adquirir habilidades para resolver melhor os conflitos e problemas que surgirem.

Se quer saber se está no caminho certo na educação de seu filho, participe da pesquisa de "ESTILO PARENTAL"! Você receberá uma devolutiva após a participação com informações valiosas que o ajudarão a refletir sobre os pontos que talvez precise melhorar. Toda mudança começa com exame de consciência. Não perca esta oportunidade!

Link da Pesquisa: https://forms.gle/3SzT7PhR9LiSr37i7

Gratidão!

Cris Saraguci
Psicopedagoga
Personal & Professional Coach


A relação do Controle Inibitório, Atenção e Memória, com a aprendizagem!

Toda aprendizagem depende do desenvolvimento sensório-motor, ou seja, das interações com o ambiente e pessoas, além dos processos neurobi...